Agatha Christie e o Fantasma do Bosque Sagrado

Devo confessar que comprei este livro por mera curiosidade. Não sabia de que tratava, não sabia que tipo de livro era... mas o título chamou-me a atenção e quis saber o que se escrevia em Portugal sobre a "Duquesa da Morte". Não fazia ideia que Agatha Christie passava "longas temporadas no Palace Hotel do Buçaco", como se pode ler num pequeno resumo na capa do livro. Luísa Monteiro de Sá escreve acerca de um crime ocorrido em 1918. Em 1965 os fantasmas andam à solta pelo Palace Hotel. Querem que Agatha se aperceba que ocorreu ali bem perto um crime. Afinal, é ela a Rainha do Crime! A narrativa vai alternando... 1918... 1965... 1918... 1965... pouco a pouco vamos juntando as peças, pouco a pouco vamo-nos apercebendo melhor do que realmente se passou em 1918. E a Rainha do Crime vai desfiando o novelo do crime também, sendo, aliás, constantemente assombrada pelo "fantasma do Bosque Sagrado".

Esta obra valeu a Luísa Monteiro de Sá o Prémio Nacional de Literatura Lions de Portugal pela "mestria com que entrelaça a escrita com a música, o visível com o invisível e a Literatura com a História". É um livro bonito e mágico, para ler com calma, de forma a melhor saborear as palavras com as quais a autora nos presenteia. Não é um whodunnit, mas é um bom livro :).