sábado, novembro 26, 2005

As dez regras das histórias de detectives segundo Ronald Knox (1929)


De acordo com as ideias expressas no Decalogue de Ronald Knox...
1. O assassino: esta personagem deverá ser apresentada ao leitor na fase inicial do livro mas não deverá ser alguém cujos pensamentos o leitor possa seguir.
2. A explicação para o Whodunit nunca poderá estar relacionada com o mundo do sobrenatural.
3. Não é permitida a utilização de mais do que um quarto secreto, ou passagem secreta, em cada história.
4. Não poderá ser utilizado qualquer veneno inexistente ou qualquer método que exiga no final da história uma longa explicação envolvendo conhecimentos científicos.
5. Não deve entrar nenhum chinês na história.
6. O detective: não poderá ser ajudado com a ocorrência de acidentes durante a investigação; não deverá abusar da sua intuição.
7. O detective não pode ser o criminoso.
8. O detective não poderá explicar a existência de certas pistas que não tenham sido devidamente apresentadas ao leitor anteriormente.
9. O "amigo estúpido" do detective, o "Watson", não deverá esconder qualquer pensamento que lhe passe pela cabeça; a sua inteligência deverá ser ligeiramente - apenas ligeiramente!- inferior à inteligência do leitor médio.
10. A existência de irmãos gémeos, ou de duplos das personagens, deverá ser evitada, a menos que o leitor tenha sido devidamente preparado para essa eventualidade.
Interessantes as ideias de Knox em 1929, não eram? O que acham da número 5? A número 7 também tem a sua piada... ehehehehe! Não acho muita graça é ao facto de a maior parte dos críticos do genre se dirigirem ao amigo do detective como "o amigo estúpido, mas enfim... não deve ser nada pessoal!